O ser humano é insatisfeito por natureza. Estamos constantemente à procura de algo, tentando preencher um espaço sempre vazio. Isto gera algum stress e sofrimento emocional. Na maioria das vezes tentamos preencher esse espaço com comida, procurando algum conforto e de certa forma compensar esse sentimento.
Essa fuga pode até proporcionar algum prazer, mas é algo muito momentâneo, na maior parte das vezes seguido de uma grande frustração e tristeza. Vejo nas minhas consultas que na maioria dos casos o refúgio na comida acontece mais ao final do dia. Poderá estar relacionado com o regresso a casa, uma maior sensação de calma, o cessar da pressão profissional, ter tempo para pensar em dificuldades pessoais, entre outros fatores.
Então o que podemos fazer? Aqui vão algumas dicas.
1º Não fique muitas horas sem comer, assim não terá fome exagerada;
2º Se sentir o impulso de comer fora de horas, pergunte-se: Estou com fome ou com vontade de comer? É muito importante distinguir entre a fome fisiológica e a fome emocional. A fome fisiológica vem aos poucos e geralmente consegue esperar para comer. Pode ser satisfeita com qualquer tipo de comida e causa satisfação e não culpa. A fome emocional surge de forma súbita e incontrolável. Associa-se ao desejo por alimentos específicos (doces) e em quantidade excessiva, causando um sentimento de culpa;
3º Se for fome emocional, tente controlar-se, seja persistente. Estes episódios não duram muito tempo, em média 10 minutos. Tenha uma lista de atividades que goste de fazer e substitua os bolos e doces por uma delas. Procure incluir o maior número possível de opções. Se não conseguir resistir, opte por alimentos mais saudáveis;
4º Tente não deixar que isto se repita e identifique a causa. No caso de ter problemas pessoais, analise as suas causas e tente encontrar uma solução viável e realista. Desabafar com um familiar ou com um amigo por vezes ajuda;
5º Faça exercício físico, assim pode ajudar a canalizar algum do seu stress;
6º Procure ajuda de um nutricionista, registado na ordem dos nutricionistas e de preferência com alguma formação em coaching, para ajudar a ultrapassar esse mesmo problema.
Boa sorte e seja feliz!
Márcia Freitas, Nutricionista
Nº Ordem 1210N
http://nutricionistamarciafreitas.blogspot.pt
O meu artigo semanal no Jornal da Madeira
Data de publicação: 2013-01-26
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